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Baleado por policial civil durante briga de bar morre em Salvador

Unknown | 10:59 | 0 comentários

Rapaz é primo da cantora Ju Moraes, participante do The Voice Brasil.
Policial envolvido teve prisão temporária decretada na terça-feira.


O jovem Leonardo Moraes, de 33 anos,baleado no sábado (13), durante uma briga de bar no bairro do Imbuí, em Salvador, morreu na noite de terça-feira (16), no Hospital Roberto Santos, onde estava internado, informou a polícia. De acordo com informações da assessoria da unidade de saúde, Moraes chegou a passar por uma cirurgia no sábado e desde então permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.
Na terça-feira, o policial suspeito de atirar contra o jovem teve o pedido de prisão temporária decretado. Na noite do mesmo dia ele se apresentou e está detido na Corregedoria da Polícia Civil, à disposição da Justiça.
Além de Leonardo, Lucas Urpia também foi atingido pelos disparos e recebeu alta na tarde de segunda-feira (15), do Hospital Santo Amaro, onde estava internado.

Rede social
Na manhã desta quarta-feira, inúmeros recados de despedida foram deixados por amigos e familiares de Leonardo na rede social Facebook. Uma das mensagens informa que a missa do jovem será realizada às 16h e o sepultamento às 17h, no Jardim da Saudade, em Brotas.
"A pedido da família, informo a todos amigos que a missa de Léo será às 16h e o enterro às 17h, no Jardim da Saudade, capela C. Agradecemos o carinho de todos e as mensagens de conforto", diz o recado.
A cantora Ju Moraes, participante do The Voice Brasil e prima de Leonardo, também postou uma homenagem ao rapaz por volta das 8h30 desta quarta. A mensagem foi acompanhada de uma foto da artista ainda crinaça ao lado do primo.
"Que nosso próximo encontro seja tão especial quanto foi esse. Tenho certeza que a sua luz brilha num lugar muito melhor, você cumpriu a sua missão ao nosso lado. Vamos sentir muito a sua falta, mas Deus tem outros planos pra você. Vai em paz, Leo", diz a cantora.
Amigos da cantora também escreveram mensagens na rede social lamentando a morte do primo. "É uma pena que Leo não tenha resistido, mas Deus lhe dê forças", afirma uma das mensagens.
"Ju, nossos sentimentos, só quem o conhecia, sabe o que estamos sentido, é lamentável. Tá doendo muito! Força!", comenta outro amigo.
Logo depois do primo ter sido hospitalizado, Ju chegou a relatar o caso na internet, usando uma foto do rapaz. "Este é meu primo Leonardo Moraes de Almeida, tem 33 anos, foi brutalmente baleado por um policial civil inescrupuloso nessa madrugada em Salvador por causa de uma briga de bar e encontra-se em estado grave no Hospital Roberto Santos. Peço a todos vocês que nos ajudem nessa corrente de oração, por favor! Nossa família agradece. Obrigada", disse no sábado.
 Depoimento do policial
A corregedora-chefe da Polícia Civil, Heloísa Campos de Brito, falou com a imprensa na manhã de segunda-feira sobre o depoimento prestado pelo policial civil que disparou tiros que atingiram os dois jovens. O suspeito esteve na sede da Corregedoria na manhã de segunda
Heloísa narrou a versão do policial, que não teve o nome revelado. "Estavam todos eles na comemoração do aniversário dele [policial], em uma barraca do Imbuí, quando aconteceu uma discussão com um pessoal que estava do lado, por causa de uma paquera com uma das garotas do grupo. Em razão disto, Leonardo [um dos baleados] teria agredido fisicamente o Flávio, que é sobrinho do policial. Ele caiu ao chão, e ele [o policial] foi para cima para separar os dois, inclusive se identificando como policial, mas o Leonardo veio em sua direção, e ele, para se defender, desferiu o disparo. Na verdade, ele alega que fez dois disparos: um contra o Leonardo e outro contra o outro rapaz que, segundo ele, teria levado a mão à cintura. No momento ele não sabia do que se tratava, e efetuou este outro disparo", relatou a corregedora.
Criminalmente, o policial pode responder por homicídio e lesões corporais. "Porque temos duas vítimas. E administrativamente ele pode ter desde uma suspensão até a demissão, se a comissão entender que foi uma situação mais grave", explica.
A arma, uma pistola ponto 40, foi entregue à polícia pelo próprio suspeito, quando chegou para o depoimento na manhã de segunda-feira.

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