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Nuvens negras sobre a Amazônia brasileira

Unknown | 14:41 | 0 comentários

Como bem se sabe, nuvens negras sobre a Amazônia é fato comum. Elas pressagiam tormentas e chuvas pesadas. Porém, agora há outras nuvens, bem mais densas e certamente muito mais perigosas. Fala-se da intenção de abrir a Amazônia ao cultivo de cana de açúcar para fabricação de álcool combustível e da obviamente bem articulada arremetida da presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária contra as terras indígenas e as áreas protegidas. Mas não é só isso. Após vários anos falando sobre os horrores da exploração informal de ouro no Peru, fica bem claro que a situação é pior no Brasil. E tem mais.
Como sempre, poucas semanas após as declarações triunfalistas do governo sobre a diminuição do desmatamento na Amazônia do Brasil surge o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), demonstrando que, após a calmaria do ano passado, o desmatamento teve em maio deste ano, uma alta de aproximadamente 370% em relação ao mesmo período de 2012 e que, desde agosto passado, a perda florestal alcançou 2.337,78 km², ou seja, 35% a mais do que no período anterior. É um ritual que se repete há décadas e, queiram ou não, com inflexões para baixo e outras para cima, o desmatamento continua em alta. Nada de novo. Apenas cabe ao governo ser mais prudente e ponderado nas suas declarações.

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